eu e meu violão feito de ar
vejo todo mundo no mesmo lugar
tocando notas de solidão
.
todas as mãos dadas
esquerda com esquerda, direita com direita
unidas pelo magnetismo do planeta
derramando tinta que cobre o chão
.
enterro os dedos do pé demasiado pesado
demasiado encharcado
desenterro pedras com o calcanhar
.
o Sol e a Lua no mesmo céu
separados por um fino véu
tecido com mentiras feitas pra contar
.
tenho o sono pesado
mas esse sol enluarado
não me deixa descançar
1 Response to Insônia
Lindo poema! Musicalmente lindo, cheio de harmonia, melancolia bem dosada e melodia fina, que sustenta o sentimento de quem escreve e também de quem lê. Parabéns, linda! Gostei muito. Continue escrevendo, seguindo a nota do seu coração. Beijo. João Aranha.
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