Ode à Fuinha

Ah, os homens... coisas sempre tão macias. E esses olhinhos pequenos de fuinha? Que não poupam nem as próprias franjas? Que sabem demais onde querem chegar... Maciez dessas sobrancelhas grossas e da pele branca cor-de-parede, das sardinhas na bochecha que riem mesmo da cara gente.

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As mão sempre nas calças, a contento diante da total ausência de bundas! Levaram-nas junto com o teu juízo; só te deixaram mesmo as mãos para que te preenchessem os bolsos e te dependurasse no teto pra fazer pouco do meu medo do alto.

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Ó, fuinha errante, vá sem erro pra esse lugar que te é certo, além do sétimo céu e dos pilares dos mar: o quinto dos infernos; onde as personagens das tuas piadas baratas te aguardam, todas as marias pedrinhos e josés, faz de faz de mim um totem de manteiga e me ponha todos os bigodes que quiser, só me deixe fingir que leio na santa paz de te ver sem bundas apenas por trás.

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